Residência de Ratatosk

- Muito obrigada mesmo. - ela sorriu, suas mãos subindo para segurar as deles por um curto momento. Aquela garota parecia genuinamente agradecida, e Ratatosk não havia feito nada efetivamente ainda.


Era incrível como, sendo tão assediada por ele desde que chegara ali, Kit conseguia simplesmente ignorar aquilo tudo e tocá-lo de uma forma que não abrangia significados errados. A garota soltou-o no minuto seguinte, logo sendo, obviamente, aliciada de novo. Ela tinha realmente que prestar mais atenção no que falava para aquela pessoa.

- Não é esse tipo de prêmio. - ela corou ao ter seu queixo erguido e perceber no que ele estava falando. - E eu tenho garras, e... ei, essa conversa não está fazendo sentido. - a vermelhidão ficou muito mais viva. - Você é uma máquina de sedução por acaso?

- Não precisa me agradecer, considere esse artefato roubado.

Ele deixou que ela segurasse as suas mãos, achando um pouco adorável toda aquela personalidade da heroína. Por um segundo ele considerou se estava certo em flertar com ela a todo momento, apenas para ver as expressões de vergonha que ela produzia. Mas é claro, essa dúvida não durou muito pois logo em seguida ela soltou aquela frase sobre um segundo prêmio. Não era aconselhável deixar frases maliciáveis no ar, perto de Ratatosk, ele sempre as pegava e as transformava em algo além do que realmente eram.

- Talvez eu seja - Ele deu uma breve risada, se levantando e pousando sua mão no ombro de Kit, para que ela ficasse sentada. Ele rodeou a cadeira, ficando diretamente atrás dela - Garras é? Eu ouvi dizer que você tem uma transformação, algo sobre ficar parecida com uma gata... não que você já não seja uma. Mas a dúvida que fica é - Ele deu uma pausa, abaixando seu rosto até sua boca alcançar a orelha dela - Se eu levar você para a minha cama, você vai gemer ou vai miar?


Dito isso ele afastou seu rosto e depositou um beijo no topo da cabeça dela, dando uma risada no processo - Eu vou buscar a minha outra arma.

- Estarei rezando pela sua segurança.

Considerando a personalidade daquela garota, não havia dúvidas de que fato estaria fazendo tal coisa, ao mesmo tempo que lutava contra demônios, assassinos ou sabe-se lá o que que estava prestes a enfrentar. Era quase um pecado alegar que Kit Black nascera para lutar, embora essa fosse a verdade.
Ela nascera para ser gentil.
Sua amabilidade transparecia naturalmente. Talvez ela tivesse saído-se bem como uma diplomata, caso tivesse vivido normalmente. Mas as pessoas não conseguem escolher seus pais. E ambos os pais de Kit Black eram guerreiros, mesmo que sua mãe tivesse perdido a vida  a muito tempo. 

- Você certamente é! - ela alegou, aquela expressão calma mudando para algo bastante constrangido. Ela aparentemente não sabia lidar muito bem com aquele tipo de situação. A última pessoa/e única/ que namorara nunca flertara com ela de uma maneira tão descarada. De qualquer forma, ela não estava mais ali. - Você é realmente bem informado, está certo e... - ela calou-se por ser chamada de gata, mas o que deixou-a realmente sem palavras e com o rosto totalmente vermelho foi a frase que veio a seguir.


Kit Black simplesmnete não soube como reagir aquilo. O constrangimento foi tão forte que ela precisou enfiar o rosto entre as mãos e esconder a face, que parecia queimar de tão ruborizada que estava. Ela sentiu o beijo em sua cabeça e entreabriu os dedos para espiar por entre eles. 

- Você... você... argh! Deixa pra lá.

Ela não sabia que tipo de arma era , mas se fosse fizesse-a parar de se sentir tão envergonhada, com certeza era algo útil.

- Agradeço por isso.

Ele falou, e estava sendo sincero quanto a isso. Era até bem diferente, ter alguém que se preocupava com ele a ponto de rezar pela sua segurança. Na verdade, ele conhecia bastante pessoas que rezavam por sua morte. Talvez os mensageiros não estivessem levando essas mensagens para os deuses que estas pessoas rezavam, pois Ratatosk continuava vivo e saudável. O dedo de Ratatosk dançava por cima da mesa, enquanto ele inconscientemente fazia o mesmo desenhar um símbolo em cima da mesa. Devido a velocidade que ele fazia isso, e também por estar fazendo isso por costume e não por desejar, o desenho não ficava claro.


Riu. Adorava aquelas expressões de Kit, fazia tudo aquilo valer à pena. Quanto mais envergonhada a pessoa ficasse, mais Ratatosk se divertia. Ele possuía um certo dom com palavras, podendo mudar elas e empregá-las de certa forma que a narrativa que ele desejava passar acabava se tornando a verdade indiscutível quando alcançava os ouvidos das pessoas. Porém, ele usava isso também para a sedução, uma vez que adorava a companhia feminina. Passando um dedo pelo pescoço de Kit, ele afastou-se e subiu as escadas. Alguns minutos se passaram, os quais Kit poderia utilizar para se acalmar um pouco. Isso é, até ele descer sem camisa e carregando uma pequena mochila. Ele jogou a mesma em cima da mesa e começou a vestir uma espécie de colete que trazia consigo, apesar desse ser bem fino. Ele jogou um sobretudo preto por cima disso tudo e abriu a mochila, com um revólver idêntico ao anterior rolando para fora, junto de uma adaga. Em seguida ele prendeu os revólveres dentro de coldres que haviam no sobretudo, guardou a faca em sua cintura e guardou as granadas e as munições em seus bolsos.

- Onde fica mesmo essa torre, Gatinha Escarlate? - Ele perguntou, com um sorriso em seus lábios.

Ela esperou pacientemente que Ratatosk retorna-se, seu rosto lentamente voltando a cor normal. O que não durou muito tempo, pois ao vê-lo sem camisa descendo as escadas, a vermelhidão voltou automaticamente, deixando-a paralisada. Kit Black parecia incapaz de mover um músculo ou dizer qualquer coisa, simplesmente o efeito que aquele cara causava nela era automatico, deixava-a envergonhada em questão de instantes.


Ela esforçou-se muito para voltar a uma posição normal, enquanto ele se vestia, prendendo seus olhos nas armas, só voltando-os para ele novamente quando pareceu estar devidamente vestido. Seu corpo tremeu levemente quando a voz de Ratatosk voltou a ser ouvida, e Kit ficou um tempinho em silêncio, enquanto procurava algo no bolso de seus shorts. Tirando um pequeno papel dobrado ali de dentro, ela entregou-o ao ladrão e fez um gesto para que abrisse-o. 
Era um mapa.

- Esse é o mapa de Soledad, não tem muito erro, não é como se o lugar tivesse muitas torres por toda a sua extensão. Você precisará tomar cuidado ao se guiar, as dunas são traiçoeiras e há vermes gigantes. O veneno deles é... - a garota fez uma careta, possivelmente lembrando de uma situação anterior. - Muito forte. Tome muito cuidado com eles, okay?

Mais uma vez, os olhos dela subiram para fitá-lo. Havia uma preocupação genuína neles. Eles desceram para o mapa novamente e ela trilhou um caminho marcado com o dedo.

- Aqui está localizada a torre. Ela tem sete andares, o do Mestre é o último. É provável que esteja por lá, mas esse lugar é traiçoeiro e cheio de armadilhas... e bom, está infestado de monstros e outras coisas também.

Ratatosk sabia muito bem o que estava fazendo, por isso ele desceu as escadas sem vestir o seu colete, sabendo muito bem que poderia ter vestido ele no andar de cima. Mas não. Ele queria ver o rosto daquela garota, achava aquilo algo tão atiçante. Havia algo em pessoas fofas ficando envergonhadas que simplesmente o atraía, ao ponto de ele ficar extremamente interessado na pessoa. Esse era claramente o caso com Kit, Ratatosk havia se interessado nela. E isso nunca era bom.


Ele abriu o mapa, passando seus braços pelos lados dela, enquanto apoiava seu queixo no ombro da garota. Próximo. Muito próximo. É claro que ele ficaria próximo dela daquela maneira, queria mais daquela reação tão adorável que ela possuía. Quanto mais vermelha Kit ficasse, melhor seria para ele.

- Vou tomar cuidado sim, não se preocupe - Ele falou, com um sorriso enquanto observava o mapa - Entendo. Bom, não vai ser tão difícil assim... Eu ganho um beijinho de boa sorte?

Kit sentiu a proximidade dele, os braços passando pelos lados de seu corpo e a cabeça pousando em seu ombro. Fazia pouco mais de um ano, desde que fora abraçada daquela forma, mais intima... é claro que ela era uma pessoa notavelmente amigável e gostava de cingir seus braços em redor da maioria gritante das pessoas, mas era sempre algo sem secundas intensões. Não era nenhuma novidade que aquela aproximação faria-a corar bastante, a ponto de sua pele ficar realmente quente.

- O...okay, então eu acho que isso é tudo. Sinto muito não poder ajudar mais. - seus olhos piscaram por alguns segundos, evitando observá-lo diretamente. - Não é bom subestimar os outros, pode ser mais complicado do que parece.

Com o comentário sobre o beijo, a garota observou-o de esguelha por alguns segundos. Ela sabia bem que tipo de beijo ele havia pedido, provavelmente nem espera-se que ela fosse de fato da-lo, estava apenas provocando-a. Ainda assim, Kit aproximou-se um pouco, seus lábios encostando de leve sobre a bochecha dele. UM beijo sutil como a chegada da primavera.
No segundo seguinte ela já havia conseguido de alguma forma desvincilhar-se dos braços dele e estava a alguns metros de distância, o rosto pegando fogo.

- Hum... quando você voltar nós podemos debater sobre o pagamento, tudo bem?

- Não peça desculpas. Todos temos limites - Disse Ratatosk, depositando um beijo na bochecha de Kit, algo que foi muito mais íntimo do que deveria ser. Aquele homem adorava seduzir quem encontrara, isso ficara claro, mas o motivo por trás disso era um mistério, não dava para saber ser era algo natural dele, ou era algo que ele se forçava a fazer. De qualquer forma, era algo que causava certo efeito em Kit, como era notado pela pele dela - Bom, eu posso dizer o mesmo para você. Não me subestime, Gatinha Escarlate. Um bom soldado sempre tem algumas cartas na manga.


Soldado. Um termo estranho para um ladrão usar, mas talvez fosse apenas alguma frase vinda de seu mundo de origem. Na verdade, ninguém ali sabia exatamente de onde Ratatosk viera. Ele uma vez mencionara algo sobre uma cidade-árvore em seu mundo, mas nunca elaborara sobre isso. Seu passado, sua história, seu mundo, tudo isso era desconhecido para uma pessoa que possuía certa fama... Uma fama que certamente não era boa, mas ainda assim era uma fama.
Perante aquele beijo, Ratatosk sorriu, passou dois dedos no local beijado e os levou até seus lábios. Não fora o beijo que ele pedira, mas era um beijo que ele aceitava. Ele ergueu-se e foi até um armário, tirou uma caixa de dentro do mesmo e o abriu, pegando esferas metálicas, que não deveriam ter mais do que quinze centímetros de altura e largura e as colocou no bolso de seu sobretudo. Virou-se e caminhou até Kit, ainda mantendo um sorriso confiante em seu rosto. Ele segurou o queixo dela entre seus dedos e ergueu um pouco o rosto dela.

- Tudo bem sim, Gatinha Escarlate. Eu vou voltar para você - Ele falou e beijou a testa da garota - Ah, e o próximo beijo de sorte que me der vai ter que ser na boca, se não não vai valer.

- É verdade, você tem razão. - muito embora Kit tivesse a tendência de ignorar os seus próprios, o que às vezes acabava por feri-la gravemente, ela não podia negar aquilo que Ratatosk acabara de falar. Ele sentiria nitidamente o quanto ela estava quente ao beijar sua bochecha, mas Kit já chegara ao limite do quão sem graça poderia ficar, então era possivel notar qualquer diferença quanto àquilo. - Uh, b...bem... você não tem essa fama toda à tóa, não é...

Aquele apelido de novo. Ele parecia defini-la super bem, considerando o quão sem jeito estava naquele exato momento. Kit não questionou ele estar referindo a si mesmo como soldado, afinal de contas poderia ser algum tipo de termo vindo de seu mundo, ou até mesmo um ditado. Ela viajara o bastante para saber que mundos diferentes costumavam ter termos que nunca ouvira na vida, apesar de sua mente de viajante dimensional automaticamente se adequar à maior parte dos idiomas vigentes. 

A garota estremeceu levemente quando ele passou os dedos pelo local que havia acabado de beijar e levou-os a boca. Era óbvio onde ele queria ser beijado agora, aliás, Ratatosk deixara isso bem claro quando se aproximara novamente, depois de recolher aquelas esferas metálicas, e segurara seu queixo. Por conta de sua baixa estatura, Kit tinha que ter seu rosto erguido bastante para olhá-lo bem nos olhos. 

- Espero mesmo que sim. - não pelo fato dele voltar exclusivamente para ela, mas é claro que Kit esperava que Ratatosk voltasse vivo. Isso porque ela se preocupava com a maioria das pessoas, e também por ser ela a responsável se algo desse errado. O beijo em sua testa pegou-a um pouco desprevinida, e ela piscou os olhos para ele, entreabrindo os lábios.


Para depois apenas morrer de vergonha.

- N...não, não não, claro que não, eu não beijo qualquer um! Digo... eu não estou apaixonada por você nem nada e... argh! - aquela pessoa deixava-a totalmente sem reação. - Eu... eu tenho que ir.

Ela afastou-se um pouco dele, ainda muito vermelha, e correu até a porta. Depois de alguns segundos pensando, Kit procurou em suas vestes um pequeno aparelho do tamanho de uma caixinha de pó de arroz entregou-o a Ratatosk. 

- Isso é um comunicador da Equipe Black. - Iris a mataria se soubesse que estava entregando algo tão importante para um "civil", mas aquela era a melhor forma de manter contato com Ratatosk e ajudá-lo se algo desse errado. - Você só precisa abri-lo e clicar no botão em seu interior para a chamada ser feita. Use-o se algo der errado ou depois que conseguir concluir a missão, assim eu poderei me encontrar contigo mais fácil.

- De que fama estamos falando? Da fama de ladrão, ou da minha outra fama?


A outra fama a qual ele se referia, era uma que a maior parte das pessoas daquela cidade conheciam e Kit estava incluída nesse meio. Mas é claro, Ratatosk sabia de qual das famas a garota estava se referindo, aquela que não envolvia ele em uma cama. Ainda assim, era bom provocar ela, uma garota tão envergonhada, tão pura e simpática que fazia Ratatosk desejar provocá-la a todo momento. Havia algo de fofo e incitante naquelas reações, algo que o fazia querer ver mais dela. 

- Não se preocupe com isso - Ele falou, confiante. Aquele mundo era diferente do seu, portanto Ratatosk não tinha certeza do que estava para enfrentar, porém ainda assim ele mantinha-se na certeza de que iria conseguir.

Ah, Kit morrendo de vergonha. Em pouco tempo, aquilo havia se tornado uma das visões favoritas de Ratatosk. Ele certamente iria se garantir de que aquilo se repetisse no futuro, diversas e diversas vezes. Talvez ela viesse a criar uma certa resistência para esse tipo de flerte, talvez nem chegasse a ficar mais envergonhada com simples palavras dele. Mas isso seria apenas motivo para ele evoluir aquele jogo e ver Kit explodir de vergonha com o que ele tinha em mente.

- Mas eu não sou qualquer um - Argumentou Ratatosk, dando uma leve risada. Em seguida, ele pegou o comunicador que lhe foi oferecido e o analisou por um momento, antes de guardá-lo dentro de seu sobretudo. Ele começou a caminhar até a saída, passando por Kit e gentilmente a carregando para fora, para em seguida fechar e trancar a porta - Entendido, Gatinha Escarlate. Aqui, pro caso de eu morrer e você algum dia precisar de uma casa que não seja aquela base de vocês lá - Ele falou, entregando uma cópia da chave de sua casa para ela. Em seguida, ele rapidamente abaixou-se e mordeu suavemente a orelha dela - Até mais, Gatinha Escarlate.

- Da sua fama de ladrão é claro. - Kit mostrou a língua para ele, num gesto tipicamente infantil, e cruzando os braços, moveu sua atenção para outro lugar. Ela sabia que estava sendo provocada, mas simplesmente ignorar não parecia uma boa opção, já que Rat invadiria seu espaço pessoal se isso acontecesse. Um pequeno sorriso surgiu em sua face e ela assentiu com a cabeça. - Vou tentar não me preocupar. 

Era difícil para Kit simplesmente ser indiferente aqueles flertes, ela era realmente muito pura e facilmente constrangível. É claro que ela tinha conhecimento de certas... coisas, mas no fim das contas a malícia de Ratatosk a desarmava totalmente. Kit Black poderia acabar acostumando-se com os flertes dele, mas certamente jamais deixaria de ficar sem graça com aquela atenção que o ladrão jogava sobre ela.

- Não, você não é, mas... mas... nós nem sequer nos conhecemos direito! - ela justificou rapidamente, sem saber exatamente o que dizer. No segundo seguinte, porém, já havia sido levada para o lado de fora, e tinha a cópia da chave de Ratatosk em sua palma. Ela encarou aquela chave por alguns segundos, depois olhou para ele e voltou a ficar vermelha. - V...você não está apenas me convidando para a sua cama com esse gesto, né?

Só dizer aquelas palavras já era o suficiente para fazê-la ficar duplamente sem graça, mas a mordida em sua orelha fez com que ela estremecesse da cabeça aos pés. Arrepios correram por seu corpo e ela lembrou-se o que era aquele sentimento. Ela não tinha aquela sensação a muito tempo, e reagiu fugindo de Rat o mais rápido que podia, se desvencilhando dele como um verdadeiro gato e correndo alguns metros antes de olhar para trás, ainda completamente vermelha e o pior... suando.

- N...não morda as pessoas assim! - ela gritou para ele, de uma distância que achava devidamente segura. Guardando a chave reserva em um de seus bolsos, ela lançou um ultimo olhar para Rat e ofereceu a ele um sorriso um pouco menos envergonhado. - Cuide-se. 

Segundos depois, ela já havia disparado novamente e deixado-o sozinho.

- Podemos nos conhecer melhor, se você quiser - Ela abria tantas brechas para o flerte que chegava a ser impressionante, a maior parte das pessoas com quem Ratatosk conversava tinham o costume de ter cuidado com suas palavras ao falar com ele, sabendo bem que ele poderia usar elas contras as próprias pessoas, ou acabar aprendendo algo que não devia - Não, eu estou convidando você para a minha casa; Mas se quiser, minha cama sempre terá um espaço para você.


Ah, eram tantas oportunidades para tirar proveito daquela pureza dela que ele mal conseguia se controlar. Porém, lembrou-se de que simplesmente avançar em uma pessoa era algo que raramente funcionava, e com Kit Black aquilo certamente não funcionaria. Poderia até lhe dar um prazer momentâneo, mas ele sempre ansiava pelo prazer duradouro, aquele que demoraria muito para acabar. Ele riu suavemente quando a mesma se afastou, uma reação que ele esperara. 

- Até mais, Gatinha Escarlate.